“PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS…”

“…perdoai as nossas ofensas na medida em que perdoamos a quem nos têm ofendido”.

Palavras proferidas por ele, o justo por excelência, que foi assassinado orando pelo bem dos que o matavam. Nos dizemos cristãos, verdadeiros seguidores do Cristo; mas basta-nos uma pequena contrariedade, geralmente mesquinha e, infinitamente menor que o “preço” de nossas vidas, para demonstrarmos que não compreendemos Jesus, dada a total ausência do esforço que deveríamos realizar para manter a benevolência para com aqueles que nos maltratam, nos maldizem, nos desprezam.

434Bondade não é ser bondoso com aqueles que amamos; isto o maldoso também faz. Bondade é manter-se firme no esforço do bem, principalmente, com aqueles que não são bondosos conosco.

“Fazei esforços por entrar pela porta estreita.”

Não podemos dizer que somos bons se o mal dos outros nos torna maus; lembremo-nos que a humildade dos que sofrem é fundamental na renovação dos que fazem sofrer.

O sentimento de benevolência, de perdão, de compaixão e caridade do agredido pelo agressor, confunde todo aquele que, pelo mal que faz, espera apenas o revide por resposta; e é isso que, primeiro o confunde, depois o envergonha, e, mais tarde, o transforma.

Coragem, irmãos! É preciso muito mais coragem para vencer o orgulho ferido do que para vencer os outros; e, numa sociedade cujos “valores” estão todos fundamentados no amor-próprio – o egoísmo – é imperioso que desenvolvamos estes conceitos, primeiro em nós mesmos, para que, então, as outras pessoas possam acreditar que eles existem.